Completamente perdido no MUSEU DO LOUVRE

MUSEU DO LOUVRE

Finalmente vou cumprir a promessa: Museu do Louvre! Eu estava esperando o primeiro domingo de fevereiro para entrar de graça mas uma bela noite resolvi arriscar e usar a carteira de estudante “portuguesa”. Após muito insistir para conseguir o ingresso por ter “esquecido” o passaporte português no hotel aí está o prêmio:

Entrada grátis para estudante da União Européia de 18 a 25 anos. Mais 9,5 EURO de economia

Entrei no museu correndo seguindo as placas que indicavam “Monalisa”. Para chegar na sala dessa obra é fácil. Você entra pela ala Denon no primeiro piso ( Premier étage) usando a escada rolante, segue até o final do primeiro corredor, pega a escada em espiral, segue reto pelo corredor estreito, você vai encontrar uma escada oblíqua, então você desvia essa escada pega duas direitas e completa o desvio no corredor sem passar pelas passagens elevadas, a sala da Monalisa é a de número 6 que não está ao lado da 5 e 7, mas da 32 e 43.

Entendeu ? Nem eu! Não se esqueça de usar um tênis confortável porque com certeza você vai se perder muito. O Mapa é completamente confuso e irregular porque o museu foi feito em partes resultanto num prédio bem difícil de se localizar. As placas indicativas não ajudam muito e os mapas espalhados não têm a indicação “Vous êtes ici”. Os funcionários não falam inglês e nunca tiveram a curiosidade de olhar o que há nas salas próximas resultanto numa confusão total.

Dica: Todas vez que você desejar mudar de Pavilhão, como ir do Sully ao Denon, procure a saída “Sortie” que vai te levar novamente ao Hall Central onde você poderá facilmente encontrar o pavilhão desejado. Cuidado com as plaquinhas “Sens de visite” porque as vezes o “Sentido da visita” leva a lugar nenhum.

Victorie de Samothrace: Obra de 190 antes de Cristo descoberta em 1863

Senta que lá vem história...

Era uma vez... Há muuuitos e muitos anos atrás, em 1190 um rei chamado Felipe Augusto mandou construir uma fortaleza ao lado oeste da cidade de Paris, para proteger das terríveis invasões dos bárbaros anglos. Paris era a capital e Sede do Governo desde o ano 506 com Clóvis, Rei dos Francos. Com a transferência da Sede do Governo para Versailles na admistração do Rei-Sol (Luis XIV) no século XVII, a Académie Française, Academia de Belas Letras e a Academia Real de Pintura e Escultura se instalaram no castelo até a Revolução.

Até o início da década de 1980 o Castelo Louvre, ainda era híbrido abrigando escritórios do Ministério das Finanças e ao mesmo tempo servindo de museu. Em 1989, o projeto da Pirâmide de Vidro concebido por Peï foi inaugurado e em 1993 foi vez da Pirâmide Invertida.

As coleções são repartidas nos oito departamentos do Museu. São elas: Antiguidades Orientais; Antiguidades Egípcias; Antiguidades Gregas, Etruscas e Romanas; Arte Islâmica; Esculturas; Objetos de Arte; Pinturas e Artes Gráficas. Ao total, são 35.000 mil obras de exposição permanente. Obrigado novamente Julia Maria pela contribuição histórica =)

As galerias são enormes e muito bem iluminadas. O tom de iluminação é muito parecido com a luz do dia. Cada galeria dessa dá origem a várias salas, o que torna bem confusa a visita.

A liberdade conduzindo os franceses

Napoleão I sendo coroado na Catedral de Notre Dame por Louis David

A Monalisa é fortemente vigiada por 4 guardas. Há um vidro de proteção a prova de bala e reflexos fotográficos, tudo para proteger a obra avaliada em cerca de 700 milhões de doláres!

Normalmente há muita gente perto da Monalisa dificultando a observação. Para evitar a multidão, prefira quartas e sextas a partir das 18 horas.

A salas de exposição do Louvre já são uma obra de arte. Nessa aí estão guardados os tesouros da Família Real Francesa desde o tempo de Louis XIV.

O Setor Egípcio é o terceiro mais importante do mundo, perdendo apenas para o Museu do Cairo e de Londres. Essa grande coleção se deve às Campanhas de Napoleão que iam saqueando tudo pelo caminho. Inclusive foi um francês, Champollion, que decifrou a Pedra de Roseta a qual continha hieróglifos, egípcio demótico e grego clássico.

Faquinha egípcia para passar Nutella no pão

Repare nessa obra com mais de 4000 mil anos a satisfação do homem casado. Repare também na barriguinha de chopp, bebida inventada pelos egípcios.

"Estátua Egípcia que precisa de uma lipoaspiração e prótese de silicone"

“Olha só que boi egípcio gatinho ! “

Taureau de Khorsabad, obra Iraquiana de 721 antes de Cristo.

“Ancestrais mesopotânicos”

Código de Hammurabi ( 1792-1750 antes de Cristo) : código de Leis que já previa a Lei Anti-fumo em Templos fechados e a Lei Seca no trânsito de carroças, muito mais avançada do que a Constituição Brasileira.

Vênus de Milo: obra do século II antes de Cristo descoberta em 1820. O destaque da obra é o tecido do vestido muito real mesmo e uma estrutura helicoidal do corpo, vista apenas no final do período Helenístico. Resumindo: a versão original daquelas estátuas de jardim

Após caminhar mais de 4 horas no museu, estando perdido em umas 3 horas, começamos a procurar a saída. Pensamos que essa estátua grega estava querendo dizer alguma coisa com esse dedo apontado.

Não encontramos a saída mas sim as ruínas das primeiras construções do Louvre.

Esse foi o Museu do Louvre, espero ter ajudado a economizar os 9,5 EUROS da entrada e também ajudado a não perder-se (tanto).

Anabela vai ficar famosa: nessa semana fizemos uma entrevista com uma revista de Viagem & Turismo de São Paulo a respeito do Blog “Paris Para Mãos de vaca”. Em março sai a edição da revista em que Anabela fala a respeito de como fazer viagens baratas e divertidas. Assim que tiver o link da reportagem disponibilizo aqui no site.